Promoção de saúde e florescimento humano : ressignifique sua vida com a Psicologia Positiva e as terapias naturais
De que forma algo que parece teórico pode unir-se a uma expressão tão metafórica quanto “florescimento humano”? A verdade é que os dois termos são inseparáveis, uma vez que os elementos responsáveis pela promoção da saúde, quando bem articulados, impulsionam o florescimento humano, isto é, o alcance da realização máxima de cada indivíduo.
E é justamente sobre a importância de não dissociar saúde dos potenciais humanos que Martin Seligman fala em seu livro:
Levar a sério a psicologia do sofrimento — como é preciso fazer quando se trabalha com a depressão, o alcoolismo, a esquizofrenia, o trauma e a panóplia de sofrimentos que compõem a matéria-prima da psicologia tradicional — pode ser um tormento para a alma. Enquanto fazemos mais do que nos cabe pelo bem-estar de nossos clientes, a psicologia tradicional geralmente não faz muito pelo bem-estar de seus praticantes. Se algo muda no praticante, é uma mudança de personalidade no sentido da depressão. Participei de um terremoto na psicologia chamado psicologia positiva, um movimento científico e profissional. Em 1998, como presidente da Associação Americana de Psicologia (APA, na sigla em inglês), instiguei esta ciência a complementar seu nobre objetivo com um novo: explorar aquilo que faz a vida valer a pena e produzir as condições para isso. O intuito de compreender o bem-estar e produzir as condições capacitadoras de vida de modo algum se iguala ao de compreender o sofrimento e desfazer as condições debilitantes da vida.
(SELIGMAN, Martin E. “Prefácio”. Prefácio. Florescer: uma nova compreensão sobre a natureza da felicidade. Martim E.P Seligman.; tradução Cristina Paixão Lopes. – Rio de Janeiro : Objetiva, 2012.
Ou seja, o autor critica o método tradicional, em que se enxerga apenas o desequilíbrio e não são buscadas alternativas para melhorar a qualidade de vida do praticante.
Isso significa que, para Seligmam, o indivíduo está efetivamente saudável e pronto para a auto realização quando são entrelaçados aos cuidados médicos os três pilares da felicidade: emoções positivas, engajamento e sentido.
Ora, as chaves para conectar os cuidados médicos aos aspectos constituintes da felicidade são justamente as terapias naturais.
Imagine que alguém esteja passando por um momento de tristeza: nesse caso, a terapia reikiana pode, ao longo das sessões, transformar as vibrações pessimistas em otimistas.
Com o pilar das emoções positivas fortalecido, o paciente se sentirá motivado a praticar alguma atividade física ou intelectual como uma caminhada ou a leitura de um novo livro/gênero textual, fato que o engajará em novos objetivos que podem ser desde uma meta de percurso na caminhada até a escrita de um conto, por exemplo.
Logo, essa mudança de postura vai agregar um ou mais propósitos de vida como montar um grupo de caminhada, criar um canal para falar sobre leitura e escrita – ou depressão – numa rede social e assim por diante.
Iniciativas de criar comunidades com interesses em comum, de se desafiar, não só estruturam o pilar do engajamento como também erguem o do sentido de vida.
O que tudo isso significa? Que, no exemplo acima, há um indivíduo com a saúde promovida no aspecto mental, social e espiritual – sim – espiritual também, pois encontrou valores para vivenciar.
Ainda segundo Seligman (2012), ter um propósito impulsiona a pertencer, servir a algo
e é neste momento – em que todas as colunas da vida estão sólidas – que a pessoa alcança o bem-estar e, consequentemente, o florescimento.
REFERÊNCIAS
GUIDA, Priscila. Florescer – Martin Seligman Ep.1.
Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=8eDCiqu0NQ
SELIGMAN, Martin E.P. Florescer: uma nova compreensão sobre a natureza da felicidade e do bem-estar. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012